Mimosa pudica Como Cuidar – Guia Completo
A dormideira ou sensitiva é umaie da parte tropical do continente americano e se chama Mimosa pudica, uma Leguminosae (ou Fabaceae, como também se chama a família botânica). Esta é uma planta invasiva de prados, bastante resistente e agressiva e, por demais, interessante.
As dormideiras formam pequenos arbustos rasteiros com flores
rosadas. Podem ser encontradas em regiões de solos pobres, calcáreos, rasos,
arenosos e não se intimida com as variações de temperatura e umidade da faixa
tropical do nosso continente.
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A dormideira se usa empiricamente para tratar inflamações de
boca e garganta (em chá ou suco, para bochechar), como cataplasma para dores
articulares, tumores ou como purgante, especialmente sua raíz. Toda a planta é
tóxica portanto, seu uso interno deve ser muito cuidadoso.
Uso popular e medicinal
Utilizam-se na medicina popular tanto as folhas em infuso ou
suco (em cataplasmas) quanto a raiz. Tem propriedades purgativas sendo tóxica
em altas doses.
Na medicina ocidental, a raiz de M. pudica é usada no
tratamento da insônia, irritabilidade, TPM, menorragia (perda abundante de
sangue durante o período menstrual), hemorroidas, feridas na pele e diarreia,
tratamento da tosse convulsa (coqueluche) e febre em crianças. Há evidência de
que é eficaz no alívio dos sintomas da artrite reumatoide.
Principais constituintes
M. pudica contém mimosina, um alcaloide tóxico. Uma
substância parecida com adrenalina foi identificada no extrato de suas folhas.
Há relatos da presença de crocetina dimetil ester no extrato da planta. E ainda
tubulina, um dos vários membros de uma pequena família de proteínas globulares.
Uma nova classe de fitohormônio ativo - turgorin - pode ser encontrado na
planta.
Raízes contêm tanino até 10%. As sementes contêm uma
mucilagem composta de d-xilose e ácido d-glucorônico. O extrato da planta
contém óleos verde-amarelo até 17%. A triagem fitoquímica preliminar do extrato
de folhas da dormideira mostrou a presença de componentes bioativos tais como
terpenoides, flavonoides, glicosídeos, alcaloides, quininas, fenóis, taninos,
saponinas e cumarinas.
Usos tradicionais - Ayurveda
Na Índia, as diferentes partes da planta estão em uso
popular para o tratamento de várias doenças desde há muito tempo.
No Unani Sistema de Saúde (integrante do Sistema de Saúde da
Índia) a raiz é resolutiva (atua contra inflamação) e útil no tratamento de
doenças resultantes de impurezas do sangue e bile, febres biliares,
hemorroidas, icterícia e hanseníase.
A decocção da raiz é usada com água em gargarejo para
reduzir a dor de dente. É muito útil nos casos de diarreia, disenteria
amebiana, contenção de sangramento (hemorragia) e cicatrização. É indicada em
preparações de ervas para distúrbios ginecológicos. Tem propriedades que curam doenças de pele. É
indicada em condições de bronquite,
fraqueza geral, impotência e tratamento de distúrbios neurológicos.
É um potenciador de humor e melhora a circulação do sangue.
Alguns acreditam que M. pudica pode reduzir o aparecimento de calvície.
Atividades farmacológicas da dormideira
O extrato etanólico das folhas de M. pudica nas doses 200 e
400 mg / kg foi testado nas atividades anti-inflamatória e analgésica. A
presença de flavonoides no extrato etanólico pode ser positivo para essas
atividades.
A decocção de folhas tem atividade anticonvulsivante (ou
anticonvulsiva) no tratamento de crises convulsivas. Atividade antidiarreica do
extrato etanólico de folhas foi avaliada utilizando-se vários modelos
experimentais em ratos albinos Wistar. O extrato metanólico bruto da parte
aérea de M. pudica foi testado in vitro para atividade antioxidante. O extrato
etanólico das folhas foi investigada para atividade antimalárica contra
infecções por Plasmodium berghei (parasita causador da malária) em ratos.
O extrato etanólico das folhas de M. pudica foi avaliado
quanto à sua atividade hepatoprotetora contra tetracloreto de carbono (CCl4)
induzida por danos no fígado em ratos albinos Wistar. Atividade anti-helmíntica
foi avaliada em diferentes extratos das sementes. Também foram avaliadas as
atividades anti-hiperglicêmica (extrato de clorofórmio das folhas), antiúlcera
(extrato etanólico de folhas) e antiveneno de serpentes (extrato aquoso de
raizes secas).
Outros usos
Planta melífera, é muito apreciada por abelhas.
